Somos seres emblemáticos. Isto quer dizer que tudo que valorizamos cercamos de símbolos. Quantas vezes alguém volta de uma viagem com uma camiseta do lugar visitado. Creio que neste ato o indivíduo tenta perpetuar, pelo menos um pouco, a sensação de bem estar que sentiu lá. Mas há outros símbolos de maior significado ainda: uma aliança, uma lápide de cemitério, o brazão de autoridade pública, um obelisco, placa memorial ou medalha de vitória.
Assim, na vida cristã há símbolos milenares que nos alimentam e reforçam o que temos por mais sagrado. Aqui há a explicação destes símbolos que a ICNV emprega.
Cruz

A Cruz Celta, que usamos na ICNV, inclui um círculo por trás, representando a presença do Pai. Isto enfatiza que a cruz não foi um acidente de percurso, mas um plano divino firmado desde a início dos tempos.
Toga, Cruz, Estola e Anel

Estola – No tempo do Império Romano era uma insígnia indicadora de um cargo público, mas para o cristianismo é um dos símbolos de ordenação presbiterial ou diaconal. Ela é sobreposta nos ombros do usuário e significa a autoridade conferida a ele para pregar ordenar e consagrar. As cores da estola variam conforme a época do ano litúrgico.
Cruz peitoral – Conferida ao bispo como sinal de sua militância e autoridade eclesiástica, designando o grau de seu Episcopado.
Anel – Simboliza a aliança entre o anelado e seu objeto anelar. Representa o grau de compromisso e distinção entre os presbíteros e o bispo. O anel sela o patamar de autoridade eclesiástica.
Domingo, O Dia do Senhor
Neste sentido, Domingo é símbolo do que Jesus fez por nós, e em nós pela salvação. Mas, também é o símbolo do que virá – o último e glorioso dia, quando todo joelho se dobrará e toda língua confessará Jesus como Senhor. Então, nós o contemplaremos face a face e entraremos no descanso eterno prometido.
O Chi-Ro

O Colarinho Clerical

O Ambão

Historicamente o ambão (abão) teria surgido no segundo século nas igrejas da Ásia lembrando o costume dos missionários e pregadores da Era Apostólica de estender suas capas (casulas) quando da proclamação da Palavra de Deus. Com a organização da Igreja em regiões eclesiásticas (dioceses) os bispos regionais usavam, em suas vestes litúrgicas, símbolos cristãos já incorporados ao cotidiano da Igreja paleo-cristã, que serviriam de modelo para o ambão. Assim, paulatinamente o ambão foi incorporado à práxis do altar. Com a Reforma Protestante, os reformadores passaram a usar o ambão com inscrições além dos símbolos. Ainda hoje é comum se ver, em igrejas evangélicas não litúrgicas, o uso de trechos da Escritura no ambão ao invés da simbologia cristã.
As cores do ano cristão

Historicamente a Igreja tem coordenado a sua comunicação não-verbal com o acompanhamento do ano litúrgico, que compreende quatro ciclos: o Ciclo do Natal (começando com a época do Advento, que anuncia a chegada do Messias, até a celebração do Batismo do Senhor), o 1o. Ciclo do Tempo Comum (que enfatiza o anúncio do Reino de Deus desde a segunda-feira após o Batismo do Senhor até a véspera da Quarta-Feira de Cinzas), o Ciclo da Páscoa (que comemora a morte e ressurreição do Nosso Senhor, começando com a Quarta-Feira de Cinzas, passando pela Quaresma e Domingo da Ressurreição até o dia de Pentecostes) e o 2º Ciclo do Tempo Comum (que enfatiza a vivência do Reino de Deus, observado desde o dia de Pentecostes até o período do Advento, que começa no primeiro dos quatro domingos que antecedem o dia do Natal).
Cada um dos ciclos do ano litúrgico cristão é simbolizado por uma cor diferente do ambão (veja o texto anterior).
Branco e a cor de ouro simbolizam a Divindade, luz, glória, alegria e vitória. Estas cores são usadas para celebrar a obra redentora de Cristo no Natal, no Domingo de Páscoa e na Ascensão do Senhor.
Vermelho é símbolo do fogo e do sangue dos mártires, usado nas celebrações do Espírito Santo como o dia de Pentecostes.
Roxo ou lilás caracterizam as épocas do ano cristão dedicadas à reflexão, arrependimento e preparação, como o Advento e a Quaresma.
Verde é a cor da natureza, da vida e do crescimento e é usado ao longo dos ciclos do Tempo Comum por ser uma cor que denota estabilidade e constância.
Preto denota a morte e o luto e é usado na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira da Paixão.
O uso dessas cores, ao longo do ano cristão, nos ajuda a trazer à memória continuamente as etapas da vida do Nosso Senhor Jesus Cristo e as diversas maneiras como o Deus Trino – Pai, Filho e Espírito Santo – tem agido na história para nos resgatar e nos transformar de glória em glória à sua imagem e semelhança.
Ajoelhar

Levantar as mãos

Imposição de mãos

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